qua 08 maio 2024
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O maravilhoso universo dos discos de vinil

Uma rotação, uma melodia que se inicia. Conforme a agulha vai rasgando os finos sulcos de um disco de vinil, um mundo inteiro de ondas sonoras vai se revelando. Sensação antes exclusiva daqueles que viveram os tempos anteriores aos anos 1990, ela vem sendo descoberta por cada vez mais pessoas que nunca tiveram contato antes com esses círculos de plástico de sete, dez ou doze polegadas de tamanho.

Os números não mentem. A Polysom, única fábrica de discos de vinil da América Latina, anunciou um crescimento de 126% nas vendas entre os meses de março e abril de 2014. O quadro de aumento também é observado nos Estados Unidos. De acordo com a Recording Industry Association of America (Associação Estadunidense da Indústria Fonográfica, em uma tradução livre), a venda de discos de vinil subiu 41% em relação aos dados do primeiro semestre de 2013, indo de 4,8 para 6,5 milhões de unidades.

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Na foto, Elton John Rodrigues posa ao lado de parte de sua coleção (Foto: Carlos Baldo)

Entre os adolescentes que colecionam discos de vinil, está Elton John Rodrigues. Ele relata que a sua coleção tem cerca de 1400 títulos. “Eu coleciono desde os meus 12 anos. Comecei preservando os 196 discos que meu pai tinha. Acredito que tenho pouca coisa, mas só compro aquilo que gosto de ouvir. Não vou parar tão cedo com a minha coleção”, afirma.

Questionado sobre a qualidade sonora do vinil, Rodrigues diz que o som é mais profundo. “Os graves e agudos são mais balanceados também. Não é uma regra, mas geralmente é assim. Ainda consigo ouvir música de outra forma, mas depende muito da qualidade da gravação”, conta.

Além dos adolescentes, há também os colecionadores que já ouviam vinil na sua época de ouro. Um exemplo disso é o colecionador Rafael Bardal. Comprador desde 2009, ele conta que também herdou alguns títulos do pai, além de discos que ganhou de presente na infância. “Assim que comprei meu toca-discos, fui na casa dele buscar tudo aquilo que me interessava. Fiz várias viagens e, mesmo assim, ainda tem muita coisa lá. Sempre gostei do vinil, mas quando ele acabou, fui para o CD assim como a maioria fez na época. Quando ele voltou, eu também voltei a comprar discos e, desde então, não parei mais”, explica.

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Bardal mostra coleção de discos e as duas edições que possui do disco favorito: o primeiro álbum da banda Virgin Steele (Foto: Carlos Baldo)

Dono de cerca de 300 títulos, Bardal diz que já pensou em parar de colecionar. “Já pensei muito nisso, já decidi que ia parar, até porque o espaço que tenho para guardá-los é pequeno e já está praticamente lotado. Porém, eu não consigo parar, e sempre terei minha coleção. Algum disco ou outro posso até me desfazer, mas de tudo não”, conta.

 

 

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