sáb 20 abr 2024
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Seca da região Sudeste pode ser consequência da destruição da Amazônia

Segundo o biogeoquímico Antonio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a floresta amazônica já começa a falhar em seu papel de regulação do clima da América do Sul. A região está com 20% da floresta desmatada – uma área equivalente aos territórios da França e da Alemanha somados – e outros 20% degradados. As consequências disso são uma menor umidade no interior da América do Sul, somada com uma menor regularidade de chuvas no bioma e no sul do continente.
Para reverter a situação, o biogeoquímico diz que a solução não é apenas parar o desmatamento, mas também iniciar um amplo processo de reflorestamento. A seca que a região Sudeste vive hoje já pode ser um resultado da destruição da Amazônia.
“Temos cinco ou seis anos para impedir que uma catástrofe maior se estabeleça”, disse Nobre. Além da seca que o Sudeste está sofrendo, o cientista lembra que as outras conseqüências do desmatamento também já são sensíveis. Em Tocantins, Pará e Mato Grosso já se detectam temperaturas além das normais. O Rio Grande do Sul está perdendo safras. “Não é para parar com o desmatamento da Amazônia em 2015. Era para parar ontem. Tem que ser zero, nenhuma árvore mais derrubada”.
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